Segundo um site japonês, especializado na análise das ditas novas religiões (shinkô-syûkyô):

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«.....nas religiões convencionais, de modo geral, o ensinamento (escritura sagrada, doutrina) vem primeiro, para se estabelecer como um princípio de salvação.

No caso das novas religiões (movimentos sectários) ocorre o contrário, com a figura de um guru declarando ter recebido uma revelação de Deus ou divindade (em um estado de transe) e após alguns anos de adoração desse guru como um líder carismático, é elaborado um sistema, com a criação de um dogma, a fim de se consolidar como uma entidade.

De acordo com um livro,
As novas religiões de hoje se caracterizam por:
1.    Criar um líder carismático;
2.    Tirar vantagem da fraqueza humana;
3.    Ajustar-se à lógica do fraco, confortando-o;
4.    Propalar o ganho no mundo material;
5.    Demonstrar um super-poder (mágica).

Estas características estão descritas em um livro escrito por um guru de uma seita de porte médio, em franca expansão na cidade de Tóquio.

O lucrativismo do mundo atual e a crença milagreira

É dito que a motivação do ingresso das pessoas em uma seita são «pobreza», «doença» e «conflito», tanto ontem como hoje (ultimamente talvez haja uma "curiosidade infantil sobre o mundo espiritual").

As pessoas pobres querem dinheiro, os que sofrem de doença querem a cura e os que têm problema de relacionamento interpessoal desejam solucionar........estes são os maiores motivos para se agarrarem,impensadamente, nas novas religiões.

As religiões convencionais não estão aí para resolverem, de imediato, esses problemas, satisfazendo a todos. Nessa brecha é que entram as novas religiões, propagandeando a «cura de doenças» e a «possibilidade de enriquecimento».

De modo geral, as novas religiões se expandiram alardeando a cura de doenças.

Pode-se dizer que as mais representativas são a Tenrikyo, Konkô-kyô, Reiyukai e Seichô-no-Iê.

Quando, ao ingressar em uma delas, a pessoa vê curada a sua doença por acaso, após receber os passes administrados pelo guru ou após um treinamento, surge aí um fantástico conto de milagre e é isto que se constitui a base, a doutrina dessas religiões.

Além disso, existem aqueles que apregoam o poder extra-sensorial do guru, procurando despertar a atenção das pessoas, como afirmar que o guru Shôko Asahara da seita Aum Shinrikyô era capaz de permanecer um longo tempo mergulhado na água ou que era capaz de levitar alguns centímetros acima da almofada em que estava sentado. Esta é uma metodologia adotada por esses movimentos sectários, de demonstração de super-poder, mesmo que seja mágica.

Em primeiro lugar, é importante não pensar que " a religião é algo misterioso, miraculoso". A capacidade espiritual do guru, em sua maior parte, não passa de invenção ou ilusão e a mágica sempre pode ser usada para dar a impressão de super-poder. Mesmo que essas capacidades fossem verdadeiras, não têm relação com a felicidade ou a infelicidade das pessoas, devendo ser completamente descartadas como objetos da fé.

Não se deve acreditar em coisas desconhecidas como poder espiritual, extra-sensorial e milagres, que ignoram o bom-senso, a razão. Em tudo existe uma causa e as crenças milagreiras, onde os resultados surgem sem haver causa, não devem nem ser consideradas.

Há ocasiões em que, após ingressar em uma seita, a doença parece regredir. Este fenômeno é chamado «Ma no Tsûriki» (força maligna)no budismo, onde a pessoa recebe inicialmente um pequeno benefício (shô-rieki), para depois mergulhar num mundo de desgraças.

Ao final, tudo se resume em dinheiro

Registrar-se como entidade jurídica religiosa proporciona vantagens, como o da isenção do pagamento de impostos, o que significa dizer que as seitas são extremamente rentáveis, não sendo exagêro dizer que elas existem como um sistema para ganhar dinheiro.

As contribuições dos fiéis não são a única fonte de renda, pois a entidade pode ganhar com as publicações vendidas aos membros, existindo até mesmo casos de seitas que fazem propagandas absurdas, dizendo que «as doenças serão curadas apenas pela leitura do livro».

Além das formas legais de coletar dinheiro, existem outros sistemas comerciais baseados na mediunidade, como o da Igreja da Unificação e o extinto Hô No Hana Sanpogyo, mais conhecido como o culto de leitura da sola do pé, em que forçava os seus membros a adquirem objetos caríssimos ou pagarem grandes somas de dinheiro atemorizando-os com o diagnóstico de câncer, através da leitura da sola do pé.

Também costumam usar o argumento de que «quanto mais dinheiro doar, mais proteção irá receber», arrancando o suado dinheiro dos crentes, que acabam em bancarrota.

Assim, não há erro em pensar que todos os movimentos sectários visam o mesmo, que é o lucro, sendo mais do que inúteis».