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Movimentos que conhecí após a Mahikari

 

 

Reescreví este texto, a fim de não gerar interpretações equivocadas, como se eu considerasse o movimento Shinri=Kaminori algo legítimo e melhor do que a Sûkyô Mahikari.

 

(Nota: a página sobre Shinri=Kaminori, que eu havia disponibilizado para o público em geral, está agora com a sua visualização limitada (sob senha), simplesmente porque os seguidores brasileiros deste movimento acessavam-na para copiar o seu conteúdo, provavelmente para entenderem melhor o seu conceito e aprofundarem a sua fé em mais este engôdo. Aqueles que tiverem a curiosidade em saber de que se trata, basta fazerem a pesquisa na Internet, tomando-se o cuidado para não cairem em outra armadilha)

 

Embora este movimento tenha contribuído para reforçar as minhas dúvidas sobre a seita SM, acabei constatando ser Utsumi (fundador do movimento), tão ambicioso quanto Yoshikazu Okada e tanto ou mais esquizofrênico quanto ele.

 

Pensando bem, nem poderia ser diferente, se a cosmologia mahikariana, com toda a parafernália de imposição de mão e bugigangas ditas sagradas, nunca passaram de meras colagens ou cópias de doutrinas, práticas e apetrechos de outras seitas, sem nenhuma origem divina ou poder para, principalmente, tornar as pessoas melhores.

 

Sendo assim, o fato de Utsumi alegar ter desvendado algumas partes obscuras da doutrina e das orações, não muda nem 1 centímetro  o fato de as mesmas permanecerem como invenção humana.

 

Pode ser que o que move os indivíduos como Okada e Utsumi seja o desejo implacável de desvendar a origem dos sofrimentos da humanidade, porém se esquecem que já no séc. VI a.C, um príncipe indiano sentiu o mesmo impulso e foi em busca da verdade, alcançando a iluminação por si mesmo e revelando a resposta, que todos nós deveríamos refletir e absorver.

 

Para Sakyamuni Gautama Buda, «a chave para a libertação é a pureza mental e a compreensão correta e ninguém alcança a salvação implorando para um Deus externo (ou espíritos de falecidos), simplesmente porque todos os seres vivos são Budas (divinos), dotados de sabedoria e virtude, mas como a mente humana se inverteu através do pensamento ilusório, não o conseguem perceber».

 

Por esta razão é que os gurus de araque nunca alcançam a iluminação, devido se perderem no pensamento ilusório, interpretando tudo erradamente ou se prendendo a detalhes (que até mesmo o Deus SU da SM chama de edahagoto (conhecimento ramo e não tronco) no Goseigen), como o modo de entoar mantras (vazios) e fazer o tekazashi (afinal uma prática de cura milenar).

 

Neste sentido, o princípio do Ise Hakuzan Dô  se aproxima mais da verdade revelada por Gautama Buda, porém, a meu ver, peca por centralizar a fé na deusa Amaterasu, que além de ser uma deidade externa, ainda por cima é japonesa.

 

Assim, repetindo aqui o que havia escrito anteriormente, se nós somos filhos de Deus criados com uma finalidade, sendo a meta final o crescimento ou a emancipação, tornando-nos Deuses em vida, tudo deve ter sido planejado por Deus nesse sentido, como a evolução.

 

Como não há acasos, conforme o próprio ensinamento da SM, até os fenômenos de infelicidade devem fazer sentido, não sendo, na verdade, algo que devemos abominar. Se a saúde, a harmonia e a prosperidade somente são alcançados portando-se o omitama e aplicando-se o okiyome a fim de eliminar os deméritos acumulados em vidas passadas e se isto faz parte de um plano divino emergencial (como nos é explicado) teria que haver um prazo, pois mesmo na sociedade humana as medidas emergenciais como o socorro às vítimas de terremoto são suspensas após certo tempo.

 

Se os praticantes (kumitê), que são filhos de Deus, não conseguem atingir a meta, mesmo com esta ajuda extra, deve ser porque se acomodaram, comprazendo-se em viver nos "abrigos"(dojos) e se alimentando da comida(energia) que é servida neles, sem se preocupar em reconstruir as suas vidas com esforço próprio.

E se isto acontece é porque a própria entidade instituiu esse sistema aviltante de dependência, produzindo parasitas, em vez de cidadãos conscientes(divinizados).

 

Podemos perceber, deste modo, que tudo que cria dependência é digno de suspeita, ainda mais quando envolve dinheiro. Mais suspeito se torna quando, além de não proporcionar o que se propala, ainda atrasa ou impede o processo de emancipação dos filhos de Deus.

 

 Se, conforme Gautama Buda, nascemos todos com a natureza búdica ou divina, devemos é tratar de aprimorá-la, o que significa dizer que devemos viver seguindo a nossa consciência, com correção e honestidade, respeitando-se e respeitando os outros, já que são portadores também do espírito divino. Por extensão, devemos zelar pelo corpo físico, receptáculo do espírito divino, sem macular com substancias nocivas ou práticas danosas.

 

Divinizar é manifestar a nossa natureza divina (Naizai shin (Deus interior ou imanente) em contraposição ao Gaizai-shin (Deus exterior ou transcedental)), aperfeiçoando o caráter e sendo útil à sociedade. Nessa jornada para a divinização certamente encontraremos dificuldades e sofrimentos, semelhantes aos testes regulares de passagem de ano para estudantes.

 

Para o aluno aplicado não há surpresas. Como ser um filho de Deus aplicado?

 

Simplesmente viver em gratidão a tudo, a Deus e aos espíritos dos antepassados e aos espíritos direta ou indiretamente relacionados a nós, para os quais podemos fazer o culto diário ou não. 

 

No processo de emancipação, são dispensáveis quaisquer meios materiais de eliminação do carma(assim entendidos os deméritos acumulados em outras vidas), como medalhas ou práticas de aplicação de energia, muito menos de qualquer DEUS EXTERIOR (religiões),já que se trata de manifestar ou fazer crescer o Deus interior que cada ser humano possui desde o nascimento. E fazer crescer e amadurecer o Deus interior não depende de Deus, o Criador, senão da própria pessoa, como filha Dele.

 

Esta é a grande diferença e ponto vital da Verdade ou princípio divino, a meu ver.

 

Esta é, na minha opinião,  a essência de todas as revelações concedidas ao longo da história da humanidade, que foram simplesmente mal interpretadas ou distorcidas ou acrescidas intencionalmente, induzindo a humanidade à uma dependencia maléfica à um Deus externo, às energias externas, aos gadgets espirituais, às entidades religiosas, enfim, em total contrafação da intenção divina.

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