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Mensagem de  junho de 2014

 

 

 

Comemorando o milésimo acesso a esta HP e em consonância com o seu objetivo, qual seja o de compartilhar dados, informações, relatos, pesquisas e análises relacionados às Sekai Mahikari Bunmei Kyôdan (SMBK), Sukyo Mahikari(SM) e outros movimentos sectários, aproveito a oportunidade para fazer uma revisão sobre a seita SM, analisando as suas características, para atestar, uma vez mais, a sua natureza falaciosa.

 

Origem   A Sukyo Mahikari é uma entidade religiosa criada por Kôko Okada (também conhecida como Keiju, Keishu e Seishu) no dia 5 de junho de 1978, 4 anos após o falecimento de Yoshikazu Okada (Kôtama), que fundou a Sekai Mahikari Bunmei Kyôdan (SMBK) em 1963.

 

O registro dessa entidade diferente da SMBK foi feito sob a denominação de Syûkyô Hôjin Mahikari (pessoa jurídica religiosa Mahikari) por Kôko Okada, somente no intuito de usurpar o cargo de Oshienushi II, legitimamente assumido pelo dirigente superior Sakae Sekiguchi, graças à vontade expressa do próprio Yoshikazu Okada, manifestada antes do falecimento deste.

 

Os detalhes do embate entre Kôko Okada e Sakae Sekiguchi em torno da sucessão do cargo de Oshienushi II poderão ser lidos na categoria Tópicos, porém somente este fato já serve para mostrar que a Sukyo Mahikari não é nenhuma supra-religião, dotada de uma arte divina de salvação da humanidade, mas antes um embuste, resultante da ambição extremamente humana da Kôko Okada e seus assessores, que não vacilaram, inclusive, em trair o seu mestre e fundador.

 

Shinri Seihô (dogma) e Goseigen (revelações divinas)   O dogma e as revelações divinas da Sukyo Mahikari são os mesmos da Sekai Mahikari Bunmei Kyôdan, porém a questão é que ao elaborá-los, Yoshikazu Okada juntou partes do dogma da Sekai Kyûsei-kyô (Igreja Messiânica), onde foi membro e dirigente por alguns anos, com trechos do Takenouchi Bunken (documento antigo Takenouchi), Kojiki (registro de assuntos antigos do Japão), da escritura budista e da bíblia, fazendo uma verdadeira colcha de retalhos de ensinamentos existentes, tornando inevitável a ocorrência de contradições, mas sobretudo falhas das previsões.

 

Omitama   Após a derrota na peleja judicial, Kôko Okada (Keiju, Keishu ou Seishu) não só deixou a Sekai Mahikari Bunmei Kyôdan, como também foi proibida de usar o distintivo (goshinmon) , o omitama e o goshintai originais, de modo que o formato do goshinmon dos kumitê da Sukyo Mahikari foi modificado para o da estrela de Davi, inventando-se, como sempre, uma justificativa espiritual para esta mudança repentina.

 

Da mesma forma, o conteúdo do omitama e o goshintai da Sukyo Mahikari não passam de reproduções massificadas dos originais, meros papéis impressos, que querem fazer acreditar como sagrados, dando-se continuidade à enganação perpetrada contra os kumitê , que acreditam estar manuseando os apetrechos originais.

 

Contudo, se considerarmos que o Mitama (de Yo), supostamente concedido por Deus SU a Yoshikazu Okada (Kôtama) não passava de um relógio de algibeira suíço, creio que tanto faz aos kumitê estarem portando o omitama de lá (Sekai Mahikari Bunmei Kyôdan) ou de cá (Sukyo Mahikari), já que ambos não passam de meros talismãs ou amuletos, sem nenhum poder especial.

 

Arte Mahikari, okiyome ou imposição de mão   talvez seja a característica mais fascinante para os kumitê da Sukyo Mahikari , que mesmo tomando conhecimento dos fatos acima, tentam se justificar, alegando que o tekazashi(imposição de mão) da Mahikari é diferente, com o poder de curar doenças, realizar milagres e possibilitar a salvação espiritual. 

 

Se alguns resultados são obtidos através do okiyome, devem-se a inúmeros fatores, inclusive ao efeito placebo, mas principalmente devido ao fato de que a imposição de mão não é uma prática inédita, concedida por algum Deus SU, mas sim algo conhecido e praticado desde a antiguidade, conforme podem ler na página Imposição de Mãos.

 

Muitos kumitê acreditam que o reidô (movimentação ou manifestação espiritual) prova a existência da luz divina e dos espíritos perturbadores, porém essa espécie de transe pode acontecer facilmente em ambientes místicos e com indivíduos suscetíveis, como os observados durante o culto das igrejas evangélicas e nas incorporações das sessões de umbanda.

 

O mais importante aqui é saber que o fundador da Sekai Kyûsei-kyô (Igreja Messiânica), Mokichi Okada, sempre alertou os praticantes do johrei (tekazashi daquela seita) sobre a facilidade de se provocar o reidô (transe) ao se entoar um mantra antes de impor a mão no receptor sentado de olhos fechados , considerando-o de tal modo perigoso, que não permitia aos seus praticantes a entoação do mantra nessas condições.

 

Ocorre que Yoshikazu Okada, à época seu discípulo fervoroso, devido ter sido curado da osteíte com o johrei da Messiânica, sentia-se fascinado e interessado por esse fenômeno (transe), até chegar ao ponto de ser banido da seita pelo mestre. Não tendo outra alternativa e obcecado que estava em provocar o reidô (transe) nas pessoas, teve a idéia de fundar a sua própria seita, que viria a ser a Sekai Mahikari Bunmei Kyôdan.

 

 

Através desta revisão suscinta, qualquer pessoa dotada de mínimo de senso seria capaz de perceber o verdadeiro contrasenso em permanecer nessas seitas, despendendo o precioso tempo e dinheiro, não fosse, talvez, o poderoso controle mental exercido por elas.

 

Entretanto, o estudo do psiquiatra americano, Dr. Robert Jay Lifton, mostrou que o controle mental, contrariamente à noção comum de lavagem cerebral, só pode influenciar um comportamento temporário ou produzir neurose geral, não havendo mudança permanente de crença ou personalidade.

 

Sendo assim e relembrando a minha experiência na Sukyo Mahikari, pode ser que os kumitê que insistem em permanecer na seita, mesmo sentindo-se ludibriados, explorados e manipulados, possuem uma razão muito forte para procederem assim: acham que não têm para onde ir.

 

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