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Havia me afastado da Sukyô Mahikari desde 2006, pelas razões expostas na categoria «Quem sou», quando recebí,em 2009, um inesperado e-mail de uma amiga, que havia se tornado kanbu (dirigente) da entidade.

Após saber do meu afastamento, passou a me relatar o que vinha se passando com ela, desde tentativas de envenenamento dentro do Dojô até boicote dos orientadores, deixando-a extremamente frustrada e confusa.

Embora o meu desligamento da entidade tenha se processado sem conflito, houve certamente um motivo e assim decidí compartilhá-lo com a amiga e a fim de facilitar a sua compreensão, realizei uma pesquisa profunda e detalhada sobre os movimentos sectários, coletando e traduzindo os dados e informações esparsos na Internet, durante os 2 anos seguintes e que resultou em um dossiê esclarecedor sobre a verdadeira natureza das seitas Sekai Mahikari Bunmei Kyôdan(SMBK) e Sûkyô Mahikari(SM).

O que me motiva hoje a disponibilizar este material ao público da língua portuguesa é o mesmo que me levou a elaborá-lo, qual seja o de auxliar não apenas a minha amiga, mas todos os kumitê, que desejarem conhecer a origem das seitas e ampliar, um pouco mais, o conhecimento sobre o fenômeno Mahikari.

Embora tenha devotado 25 anos do período mais produtivo da minha vida à um empreendimento sem valor, do qual saí, como o ex-colega de treinamento, Garry Greenwood, «com uma mão na frente e outra atrás» e sexagenária, o que significa dizer, sem nenhuma chance de recomeçar a minha vida, seria injusto dizer que fui apenas uma vítima da seita SM.

Ingressei nela, conscientemente, por puro idealismo e não por motivos pessoais e enquanto aguardava a evolução do suposto plano divino, tive a chance de me devotar como profissional de tradução e intérprete, especializando-me em uma área rara como a religiosa, além de ser submetida a um treinamento espartano, que me fez conscientizar, definitivamente, sobre a valorização do tempo e a auto-disciplina, impossível de ser adquirida no padrão de vida que eu levava.

Graças à Sûkyô Mahikari, aprendí a importância de venerar os espíritos dos antepassados (embora de modo equivocado), agradecer por tudo e de viver frugalmente.

Contudo, desde que a entidade se arroga o direito de se declarar supra-religião, com um propósito muito maior, que é o de divinizar a todos em vida, a fim de ultrapassar o Batismo de Fogo e criar o paraíso terrestre e uma vez provada ser este uma descarada bazófia, não poderia, a estas alturas, me furtar ao dever moral de, ao menos, tentar reverter o infeliz processo de «desencaminhamento», que cometí contra tantas pessoas, durante duas décadas de dedicação.

 

Este é, portanto, um pedido público de desculpas também e agradecimento pela oportunidade, inestimável apoio e incentivo recebidos de ex-kumitê, que tornaram possível a criação deste site.

Norma R.S.Carey

 

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