Recado aos kumitê felizes

O relato da kumitê que intitulei de «Relato de uma kumitê feliz», foi removido a pedido da mesma, que não deseja ver vinculada a sua experiência na seita com algo negativo, como é o caso desta minha HP, segundo as suas palavras.

Aproveito, contudo, a oportunidade, para esclarecer os kumitê que se julgam felizes por terem conseguido a Saúde, Harmonia e Prosperidade através da seita, devido ao grande equívoco em que estão incorrendo e aliciando outras pessoas para este engôdo.

Como explico no artigo Imposição de Mãos desta homepage, todos os seres humanos emitem energia eletromagnética e esta energia veio sendo usada desde a antiguidade para promover curas, não sendo a seita Mahikari, nem a Messiânica (da qual a Mahikari copiou a prática), pioneiras na imposição de mão, nem de origem divina.

Por esta razão, o okiyome pode produzir resultados ou não, tanto positivos quanto negativos, devido a Mahikari envolver o okiyome em uma aura fantasiosa, como sendo concedida por Deus e não como uma técnica, já praticada pelos antigos, que requer um mínimo de conhecimento na sua aplicação, para obter o efeito desejado, como no caso do Kikô.

Além de não ministrar nenhum tipo de treinamento neste sentido, na Mahikari ainda se diz que esta energia é luz divina, bastando aplicá-la nos pontos indicados, deixando o resto nas mãos de Deus, favorecendo uma manipulação amadorística da energia eletromagnética e produzindo os mais variados resultados.

Sendo assim, tenho a absoluta certeza de que o mesmo resultado que os kumitê felizes atribuem ao okiyome teria sido obtido com qualquer outra prática de irradiação de energia, sem falar no efeito placebo e no esforço próprio.

Dito isto, gostaria de lembrar aos kumitê felizes um detalhe gravíssimo, ao qual ninguém se refere, não se lembra ou nunca ouviu falar, que é o motivo pelo qual o okiyome foi concedido à humanidade, onde a saúde, harmonia e prosperidade são apenas o prêmio para o cumprimento de uma missão sagrada, como praticantes da Arte Mahikari, que é a edificação da civilização da cruz tridimensionada, através de seres divinizados, os Tanebito.

Ou seja, a Arte Mahikari foi supostamente concedida por Deus SU somente com o propósito de salvar toda a humanidade (não apenas algumas famílias), purificando-a e divinizando-a, para poder ultrapassar o suposto Batismo de Fogo, o apocalipse mahikariano, que, por sinal, estava previsto para acontecer há algum tempo.

Se este detalhe não está mais sendo enfatizado, como era na minha época, recomendo a leitura do Gosseigen, porque se os kumitê não estão se divinizando, nem formando tanebitos, cada vez mais, não poderiam estar recebendo esse prêmio e se estão recebendo significa que não estão recebendo de Deus SU.

Ora, se a Arte Mahikari foi concedida com este propósito nobre e se a luz é de Deus, por qual razão a humanidade ainda está neste estado caótico e sobretudo, por qual razão, pelo menos 3,8 bilhões de pessoas, que é a metade da população mundial, não se tornaram kumitê,passados meio século de prática da arte?

Por qual razão o Brasil está mergulhado nessa crise sem precedentes, causado por um indivíduo e sua gangue, com os quais o Oshienushi III até se encontrou? É falta de «merecimento» dos kumitê brasileiros?

Não é meu propósito ser um desmancha-prazeres da felicidade dos supostos kumitê felizes, mas as suas felicidades individuais ou familiares apenas não é o objetivo da Arte Mahikari, muito menos servem para validá-la, pelos motivos expostos acima.

E o que dizer das mortes, não apenas de kumitê, mas também de kanbu (dirigentes, orientadores) em circunstâncias trágicas, como acidentes e doenças graves, que continuam ocorrendo, apesar do maciço recebimento de okiyome e dedicação? Eles não tiveram merecimento tanto quanto os kumitê felizes?

O argumento de que os kanbu são humanos, com fraquezas, também não pode ser aplicado na Mahikari, pois alegadamente ela não é mera religião, tendo sido criada pessoalmente por Deus e sendo conduzida por seu representante na Terra, cujos discípulos diretos são os orientadores, que possuem proteção especial (miizu) e dos quais se espera uma conduta ilibada.

Se não têm conduta ilibada significa que a luz e o miizu não estão funcionando. Simples assim.

Quanto aos homossexuais, que é uma pauta controversa, com os kumitê felizes achando que a seita não possui uma posição definida sobre este assunto, existe um relato de uma kumitê, mas citando a minha experiência, conhecí 3 pessoas, que eram kumitê quando eu chefiava o departamento de publicação da Sede de Orientação.

Uma delas nunca revelou a sua preferência sexual nem se preocupava com a sua condição, até tendo caso dentro da seita, porém as outras duas estavam conscientes de que o recebimento da luz divina poderia operar uma transformação nelas, pois os orientadores sempre deixaram claro que a luz divina é «reparadora» e «regeneradora», fazendo com que a o Shinga no Ware (Eu Verdadeiro) emerja naturalmente.

Não sei se alimentavam alguma esperança ou até receio de mudança. O fato é que não permaneceram na seita e os orientadores justificaram dizendo que «eles não resistiram à luz».

Estes casos mostram que os homossexuais que procuram a seita são bem recebidos, porque tanto os orientadores quanto os kumitê acham que a luz de Deus acabará regenerando-os, reassumindo as suas verdadeiras naturezas, embora nem sempre isto seja dito a eles.

Como digo na página Quem Sou, a Mahikari é mais uma religião, como outra qualquer, podendo-se optar por ficar ou deixar. Eu optei por deixá-la, porque descobrí ser uma fraude, não sendo nada do que propalava, nem uma supra-religião, nem concedida por Deus, para salvar TODA A HUMANIDADE, erradicando a doença, a miséria e as guerras.

Algo que sempre me incomodou profundamente, mesmo vivendo bem, realizada profissionalmente e sem nunca ter adoecido.

Por isso digo que a postura dos kumitê, que se dizem felizes, é o mesmo dos malfadados petistas ou idólatras do maior conspirador surgido na história do Brasil: Lula, pois desde que lhes sejam garantidos os benefícios de um bolsa-família, que nem foi criação do governo pestista, não lhes importa o que este indivíduo e sua gangue fizeram e estão fazendo ao povo e à pátria.