

Aprendendo com a Sukyo Mahikari (SM)
O vício de Kôtama
Antes de prestar o Seminário Básico, conforme relato na categoria Quem Sou, a Dna. Machiê Seki, que foi a minha omitibiki-oyá (encaminhadora), emprestou-me inúmeras publicações em japonês e português da entidade e quando me deparei com as fotos do dito Sukuinushi (Yoshikazu Okada) fumando, lembro-me que questionei este fato a ela, pois para mim era inconcebível que um enviado de Deus tivesse vício, ainda por cima, poluidor de ar.
Ela me respondeu que, sendo um enviado de Deus, as células espirituais e físicas dele eram totalmente purificadas, não sendo afetado pela nicotina, alcatrão ou fumaça e aproveitou a oportunidade para me explicar que, aplicando-se o okiyome no cigarro, este se tornaria inócuo à saúde. Ouvindo tal resposta pensei com os meus botões «talvez ele não seja afetado e pode ser que o okiyome consiga tornar o cigarro inócuo, mas fumar em público não estaria dando um terrível exemplo, já que tabagismo é considerado vício?»
Passado algum tempo e já como kunrensei, reparei que muitos orientadores fumavam e quase nunca aplicavam okiyome no pacote de cigarro antes de abrir. Também reparei que eles gostavam de beber, muitas vezes exageradamente, até ficarem embriagados e andarem cambaleantes. Tudo isso naturalmente era perturbador e era um aspecto que nunca entendí até deixar a entidade e começar a longa pesquisa sobre as seitas, que me possibilitou obter as respostas às dúvidas e questões que vinha alimentando desde que ingressei na entidade e que nenhum kanbu tinha conseguido responder, com a exceção do shidô-butyô Kose.
Um dia ele me revelou ter sido o então Dojô-tyô Omori diagnosticado de diabetes, lamentando o fato de os orientadores se alimentarem incorretamente e terem vícios, como o tabagismo e o alcoolismo. Sendo praticante e instrutor da macrobiótica e que afirmava ser capaz de curar até mesmo o câncer através do Seishoku (alimentação correta), sem dúvida o shidô-butyô Kose sabia o que estava falando e sentí que ele também ficava em conflito algumas vezes, diante do comportamento incoerente dos orientadores.
Penso que a mesma dúvida deve ter assolado a mente de outros kumitê conscientes, porém, como sempre acontecia e continua a acontecer dentro da seita, os kumitê procuram se justificar de alguma maneira, sem compartilhar a dúvida com os demais e muito menos questionar os orientadores.
Entretanto, fato é fato e dos mais graves e o ex-kumitê japonês Ko Heibun resolveu abordar esta questão, postando, no dia 1º de maio, um comentário sobre o vício do tabagismo de Yoshikazu Okada (Kôtama) ilustrando-o com fotos, que apresento aqui, traduzido.
Divirtam-se.
Postado por Ko Heibun em 1º de maio de 2015
O cigarro é um artigo de consumo como o café e a bebida alcoólica, mas é dito que 70% dos fumantes são viciados em nicotina(tabagismo), havendo casos de distúrbio mental, sendo disponibilizados tratamentos cobertos pelo seguro de saúde.
O mestre Kôtama, que todos os kumitê sérios ouvem falar, foi «deificado» após a morte, através do exagêro e distorção praticados pela entidade, criando-se uma espécie de imagem falsa, mas a imagem verdadeira dele está nas páginas da Coletânea de Fotos do Mestre Kôtama, que reproduzo aqui.
Falei outro dia sobre isto, mas aqueles que ouviram, com atenção, a gravação da voz de Kôtama, devem ter percebido o som metálico de isqueiro sendo aceso, repetidas vezes, durante a transmissão de ensinamento.
Sim, Kôtama sofria de doença mental, conhecida como dependência à nicotina, fumando compulsivamente, seja diante do altar, seja diante dos kumitê e até mesmo em locais em que outros tabagistas não fumariam.
O goshintai da matriz estava sujo de resina de cigarro
A foto (abaixo)mostra o momento da aplicação de okiyome geral na Cerimônia de Grande Purificação (Ohoharai-sai). Mesmo nessa ocasião podemos ver que o isqueiro e o cinzeiro estão presentes, provando que ele não se importava de fumar diante de tantos kumitê. Kôtama costumava pregar sobre o significado de participar da cerimônia na matriz dizendo «É preciso ouvir o kotodama que transporta a aura do Oshienushi», mas na realidade era o kotodama misturado com a fumaça de cigarro. Mesmo durante o Ohoharai-sai ele não conseguia aguardar até a hora do intervalo. Talvez ele achasse que era uma pessoa importante, em outras palavras, ele menosprezava os kumitê (pois não passavam de presas).
Kôtama era um doente que fumava em qualquer lugar
Nesta foto (abaixo à esquerda) não se vê cinzeiro, mas sendo um religioso, seria de se esperar que demonstrasse um respeito especial à natureza. Mesmo não sendo um Sukuinushi, nenhum fumante ousaria espalhar cinzas de cigarro sobre a relva, mas vê-se que Kôtama Okada era um indivíduo arrogante, capaz de pisotear tanto os seres humanos (kumitê), quanto a relva e ainda por cima acompanhado da amante (Seishu), sem nenhum escrúpulo! Só sendo doente!
(fumando e espalhando cinzas sobre a relva enquanto a (transmitindo ensinamento e fumando diante do altar)
amante Kôko bate fotos)
Nojeira! O alcatrão do cigarro é impossível de ser removido
Os que têm tabagistas na família devem saber, mas a nicotina e o alcatrão do cigarro, uma vez aderidos, são impossíveis de serem removidos. Daí podemos deduzir que o goshintai da matriz, na época de Kôtama, devia estar pegajoso de tanta nicotina e alcatrão aderidos nele!
A maioria dos fundadores das seitas é esquisita
Conforme poderão ver através dessas imagens, Kôtama era um indivíduo anormal que fazia o que queria, sem o mínimo de tolerância e consideração para com o próximo.
Podemos ver similaridades com o Shôko Asahara da seita Aum Shinrikyô, do atentado a gás sarin no metrô de Tokyo (foto à esquerda) e com Hôgen Fukunaga (foto à direita) da seita Hôno Ka(Hana) Sanpô, que enriqueceu fazendo diagnóstico através do exame da sola do pé (dos seguidores) e que vivia em um hotel de luxo (diária de 500 mil yens).
Parece que as pessoas mais bondosas são mais fáceis de serem enganadas por esses indivíduos esquisitos (ambas as seitas foram desativadas, mas no caso da Aum Shinrikyô mudou de nome para Alef e continua atuando).
O gasto com o cigarro de Kôtama equivalia ao valor do salário inicial de um graduado em curso superior
O cigarro de marca Lark, o favorito de Kôtama, custa hoje quase o mesmo de um cigarro nacional, mas na época dele era um dos que custavam mais caro, como o Marlboro e Kent, cigarros importados, chamados de yômoku (cigarro ocidental) à época, difíceis de serem encontrados e considerados de luxo. O salário inicial de um graduado em curso superior na época da fundação da Mahikari,no ano 34 da era Showa (1959), era cerca de 13.800 yens (cerca de R$346 hoje) mensais, sendo tema até de canção e a diária de um trabalhador braçal de classe mais baixa, chamado de nikoyon, era de 240 yens(cerca de R$6 hoje).
Desconheço o preço do cigarro Lark à época, mas o Hi-lite, a marca mais popular nacional custava 70 yens (R$1.75), ou seja, os cigarros eram artigos de luxo, muito caros, de modo que alguns tabagistas não fumavam um cigarro de uma só vez, mas em diversas vezes. Sendo assim, os cigarros importados deveriam custar o dobro dos nacionais e se fumasse 3 pacotes diários, custaria mais do que o salário de um graduado superior, o que significa dizer que Kôtama já vivia luxuosamente, à época da fundação da entidade.
Segundo um kumitê da época, naquela época todos chamavam o Sukuinushi de Okada-san, não o chamando de Sukuinushi-sama. Por causa dos veteranos dessa época (anos 30 a 40 da era Showa(1955 a 65)), que não transmitiram corretamente a verdadeira natureza de Kôtama é que podemos dizer que até hoje muitos jovens (principalmente as Mahikari-tai-in) continuam sendo vítimas.
A Coletânea de Fotografias do Mestre Kôtama Okada foi publicada 1 ano após a morte dele, em junho de 1975, ou seja, devido estarem em meio à disputa judicial de sucessão do cargo de Oshienushi, em um período caótico, provavelmente se descuidaram e acabaram lançando uma publicação recheada de imagens negativas de Kôtama.
Como fui um fumante compulsivo até alguns anos atrás, posso entender o sentimento e a despesa de um tabagista, mas mesmo assim fico chocado com o nível de dependência de Kôtama. No meu caso, parei de fumar naturalmente em dezembro de 2011 e em março do ano seguinte despertei-me da Mahikari e pude deixá-la definitivamente dois anos após deixar o fumo e posso dizer que foi uma experiência misteriosa, como se eu tivesse me livrado de uma possessão.
Da próxima vez escreverei sobre o relógio de ouro e o anel de ouro e diamante de Kôtama. Aguardem!





