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Mensagem de agosto de 2014     

 

 

No artigo anterior de primeira página fiz uma revisão sobre as características da Sukyo Mahikari, para mostrar a falaciosidade da seita. O presente artigo aborda um aspecto questionado por kumitê em seus e-mails dirigidos a este site e que se trata de «alterações convenientes», feitas pelos dirigentes da seita.

 

Quando o CEO (Kôo Okada) da Sukyo Mahikari declara, no ensinamento mensal (setembro de 2007), que:

 

 «A medicina atual está extremamente adiantada, com exames bastante acurados. Deste modo, mesmo recebendo o okiyome, deve-se submeter a exames periódicos. Se sentir que alguma coisa está errada deve ir ao médico. É preciso «fazer o cruzamento da Arte Mahikari com a medicina». Aproveitando o lado bom da medicina atual, se recebeu diagnóstico de câncer em seu estado inicial, deve-se removê-lo através de cirurgia. Assim, poderá obter uma sobrevida de 10, 15 anos, a fim de fazer o treinamento no mundo físico e essencialmente não há com que se preocupar», não só contradiz a doutrina do carma, como também altera o significado da imposição de mão.

 

Segundo a Mahikari, quem sofre intervenções cirúrgicas ou ferimentos nesta vida, possui o carma de ter ferido ou assassinado alguém, com armas cortantes, em vidas anteriores.

 

Se o objetivo principal do okiyome (tekazashi, arte mahikari, imposição de mão) é o de remover o carma dos aplicadores e receptores, para minorar ou neutralizar as suas consequências negativas, entre as quais a cirurgia, fazer uma recomendação de se submeter a ela soa como uma invalidação do okiyome, além de induzir o kumitê a acumular mais carma, através da incisão causada pelo bisturi. 

 

Da mesma forma, o empréstimo, ajuda ou doação em dinheiro de um kumitê (seguidor) a outro ou a um não-kumitê , para que este possa efetuar o «agradecimento pela assistência ao seminário», constitui-se outra grande contradição.

 

Basta lembrar que a doença, miséria, conflito e catástrofe representam fenômenos de infelicidade, resultantes do carma e se o indivíduo não possui condição financeira para fazer o agradecimento significa que necessita purificar o «carma financeiro» primeiro, pois pelo dogma mahikariano precisaria receber o okiyome diariamente para remover o carma, a fim de conseguir o dinheiro suficiente para prestar o seminário, já que a remissão do carma é um ato individual e intransferível.

 

Assim, o kumitê que decide ajudar financeiramente o não-kumitê ou outro kumitê, estará violando este princípio, interferindo não só na purificação do carma do outro, como também acumulando carma para sí. Já o empréstimo, que é uma ajuda temporária, talvez não ferisse este princípio, mas se assim fosse, a própria seita teria um departamento financeiro para disponibilizá-lo aos necessitados, o que não acontece na realidade.

 

Na verdade, existe uma forma de empréstimo, que é uma clara transgressão ao regulamento do seminário, que é a transferência dos «encaminhados»(candidatos ao seminário) de um kumitê a outro.

 

Pelo regulamento, somente o kumitê que tiver encaminhado um certo número de pessoas pode prestar o seminário de elevação de grau do omitama, porém quando ele não consegue, recorre-se a esse expediente, «pedindo emprestado» o encaminhamento(omitibiki) de um outro kumitê, para completar o número. 

 

Ocorre que, pelo dogma mahikariano, o encontro e o relacionamento de indivíduos é regido pelo princípio da afinidade espiritual, de modo que os kumitê só farão o encaminhamento daqueles com os quais tiver essa afinidade, tornando-se omitibiki-oyá (algo como pai ou mãe do encaminhado) deles e como isto faz parte do próprio plano divino para a expansão, tal expediente de «empréstimo do encaminhado» nem deveria ser cogitado, mas na prática acontece em todos os dojô, sob a conivência dos dirigentes.

 

 

Os dirigentes também fecham os olhos para uma outra prática irregular, que é o pagamento do Reisen Hodji (manutenção das ondas espirituais) de um kumitê inadimplente, por algum familiar ou ossewagakari, a fim de evitar «a interrupção do fornecimento da luz divina».

 

O que parece, à primeira vista, um gesto altruísta, não passa de mais um ato de transgressão do dogma, porque o carma financeiro só é possível de ser redimido através da oblação feita pelo próprio kumitê e oferecê-la em nome desse kumitê constitui-se obstrução à sua purificação. 

 

 

Como vemos, existem inúmeras contradições, que venho citando no tópico «alterações convenientes» e a tendência é aumentar com o passar do tempo, pois decorrido meio século desde a sua criação, sem que as metas e previsões bombásticas feitas pela seita tenham sido cumpridas, torna-se inevitável mudar o discurso, mesmo que essas alterações convenientes acabem por descaracterizá-la, revelando a sua verdadeira natureza.

 

 

Alteração ou contradição, o fato é que se ela é cometida ou é facilmente identificável, significa que a propalada fidelidade ao ensinamento original, com base na revelação divina, não passava de mais um mito inventado pelos donos deste negócio religioso, que com o maior descaramento, ousam mudar até o suposto plano divino, de acordo com a necessidade e conveniência.

 

Sob o olhar complacente dos próprios kumitê, diga-se de passagem!........

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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