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Verdade incômoda

 

À luz dos fatos passados, extraídos das fontes citadas e aqui transcritos resumidamente, torna-se perfeitamente compreensível a razão pela qual nas publicações da Sukyô Mahikari não consta sequer uma linha sobre a sua verdadeira origem, sendo apresentada uma versão fantasiosa de revelação divina, envolvendo a figura do suposto fundador Kôtama Okada em uma aura de mistério, onde até o seu nascimento teria sido anunciado em forma de sonho à sua mãe, que teria tido o hálux roído por um rato branco (sic).

 

Em outras palavras, a Sûkyô Mahikari(SM), criada por Kôko Okada devido à derrota na peleja judicial, não traz em suas publicações quaisquer referências sobre a Sekai Mahikari Bunmei Kyôdan(SMBK), criada por Yoshikazu Okada, a fim de fazer acreditar que a L H Yokoshi Tomo-no-kai (L H Associação de Amigos Yokoshi), associação precursora da Sekai Mahikari Bunmei Kyodan (SMBK), havia evoluído, mudando o nome para Sûkyô Mahikari.

 

Não só isso. Se o fato de que a SMBK é, na verdade, a entidade original, criada por Kôtama Okada e não a Sûkyô Mahikari, viesse a ser do conhecimento geral, a própria existência da SM, como entidade divina e não humana, com todo o seu dogma e parafernália de significados especiais e exclusivos, cairia em completo descrédito, diante das comparações inevitáveis que seriam feitas pelos kumitê.

 

Mesmo o mais aficionado dos kumitê constataria que a Arte Mahikari foi copiada do Johrei da Sekai Kyûsei Kyô (SKK, ou Igreja Messiânica, no Brasil), não tendo sido, portanto, concedida pela primeira vez à humanidade por intermédio de Sukuinushi-Sama, assim como o Shinri Seihô (dogma mahikariano), cuja importância advém do fato de jamais ter sido transmitido anteriormente a alguém, nem mesmo aos santos. Uma comparação fatal seria feita entre a revelação divina supostamente concedida ao Mokichi Okada, fundador da SKK e a primeira revelação divina supostamente recebida por Kôtama.

 

Seria também comprovado que o nome Kôtama, que teria sido conferido por Deus através da primeira revelação de 1959 ao Sukuinushi-Sama, já havia sido usado na época da SKK, colocando em dúvida o conteúdo da revelação. Até mesmo a história da famosa «bola de luz», que segundo a SKK, teria sido inserida no ventre de Mokichi Okada, onde o Deus Supremo em pessoa teria se alojado em 1950, foi aproveitada por Kôtama para fortalecer a impressão de ser o escolhido.

 

A alegação de que Kôtama era uma pessoa totalmente leiga em religião também cairia por terra, sendo revelado o seu passado e o da amante Keiju, como membros da SKK, onde Kôtama teria aprendido muitas coisas e praticado assédio sexual, sendo demitido do cargo de chefe de filial, devido à obsessão em invocar os espíritos.

 

Os kumitê também saberiam que a manifestação espiritual é considerada perigosa pela seita original SKK, cujos ensinamentos e orientações apresentam espantosa semelhança com o que aprenderam na SM, onde se inclui a técnica de apaziguamento espiritual ou «Oshizumari», criado por Mokichi Okada, segundo o qual, nos casos em que a pessoa encontra-se semi-consciente e o espírito tem dificuldade de se manifestar, deveria se dizer «shizumatte, shizumatte!» ou «oshizumari!» para que o espírito retorne à origem.

 

Haveria ainda o risco de investigação sobre os casos de perturbação mental de seguidores causada pela manifestação espiritual, ocorridos no Ômoto-kyô, entidade em que se baseou a SKK.

 

Finalmente, seria descoberto que mesmo o omitama é uma imitação flagrante da medalha do Johrei.

 

 

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