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Valores desviados

No dia 17 de maio de  1979 , Sekiguchi ajuizou uma ação no Ministério Público de Tokyo contra Keishu Okada, Kiyoharu Tomomori e Tomiko Arima, denunciando o crime de desvio de mais de ¥ 763.160.000 da parte do patrimônio da entidade, cometido por eles.

Segundo os termos da acusação, no dia 5 de julho de 1974, foi feito o registro falso do nome de Keishu como Diretora Presidente da entidade e juntamente com Tomomori, que se anunciou como  ministro-superintendente e Arima, que se anunciou como gerente de contabilidade, conspiraram contra a Sekai Mahikari Bunmei Kyôdan (SMBK), despendendo ou desfalcando o dinheiro da entidade, com o propósito de causar dano à ela.

Para tanto, citou os 3 pontos seguintes como provas do crime:

(1)  ¥ 301.484.368 ​

Valor correspondente à contribuição em dinheiro feita pelos seguidores da SMBK à entidade no período compreendido entre o dia 5 de julho de 1974 (data do registro falso de Keishu como Diretora-Representante) e o dia 31 de março de 1977 (data da disposição provisória do acórdão do Supremo Tribunal) e que a Keishu mantinha guardado junto a si, apesar da obrigação de entregá-lo ao Sekiguchi, como representante da entidade, cometendo, portanto, o crime de peculato.

 

 
(2)  ¥ 260.000.000

Valor correspondente à conta comum da entidade mantida na agência Jiyugaoka, do Banco Mitsui e que a Keishu resgatou, em 4 vezes, nas datas referidas abaixo, fazendo a transferência para a conta comum em nome de Kiyoharu Tomomori, da agência Masuda, do Banco Juroku(Gifu-ken, Masuda-gun, Hagiwara-chô), cometendo peculato.​

 

……………………………………………………
(material 3)
Dia 1º de março de 1977…………….¥ 50 milhões
Dia 10 de março de 1977.............       ¥ 30 milhões
Dia 17 de março de 1977.............       ¥ 70 milhôes e ¥ 110 milhões

……………………………………………………
 
(3)  ¥  201.683. 658
O valor corresponde ao dinheiro da entidade depositado na agência Shirota do Banco Tokyo Tomin, retirado pela Keishu e transferido no dia 2 de abril de 1977  para a conta no nome de Mieko Takahashi (filha de Tomomori), da agência Masuda, do Banco Juroku.​

 
Em relação à prova (1), apesar de Sekiguchi ter solicitado a entrega do dinheiro da entidade à Keishu, no dia 6 de abril de 1977, ela se recusou terminantemente a fazê-la, ocultando o dinheiro da contribuição até a data da acusação (17 de maio de 1979) .

Além disso, o fato de que Keishu estava de posse do dinheiro da contribuição, no valor de mais de ¥ 300 milhões, foi comprovado pelo agente Atsushi Shimizu, designado pelo tribunal, por ocasião do caso do pedido de liminar.

Em relação às provas (2) e (3), são valores desviados através de retiradas, mudança do nome do titular da conta, ocultação de registros contábeis e documentos importantes e transferência de valores para as contas no nome de Kiyoharu Tomomori, da agência Masuda, do Banco Juroku e no nome de Mieko Takahashi, filha de Tomomori, que nem era kumitê. ​

No dia 23 de julho de 1975, dia anterior ao julgamento do pedido de liminar pelo Tribunal de Tokyo, prevendo a sua derrota, Keishu transferiu o dinheiro da entidade para a nova conta criada em nome da « Sekai Honzan Gozôei Hôsan-kai (SHGH)(espécie de comissão de oferenda para a manutenção do templo mundial)», porém, com a rejeição do pedido de liminar, retornou o dinheiro para a conta da entidade, no dia 17 de outubro do mesmo ano.

No dia 10 de março de 1977, prevendo a sua derrota no Supremo Tribunal e para impedir o Oshienushi Sekiguchi de obter o controle dos bens da entidade, Keishu transferiu a maior parte do dinheiro da entidade para a conta da associação criada por ela. Parte dessas manobras relacionadas à agência Jiyugaoka do Banco Mitsui está descrita no (material 3) .

Desses valores, o referente ao (1) foi posteriormente devolvido pela Keishu à entidade, porém os referentes aos (2) e (3) ainda não foram devolvidos.

 
〔Material processual 3〕​
Quadro demonstrativo da mudança de nome do titular da conta na Agência Jiyugaoka do Banco Mitsui ​

«Agência Jiyugaoka do Banco Mitsui » «c/c A»
(SMBK)                                                 (SMBK) ​
(Kôko Okada)                                                   (SHGH)
(Poupança)                          (Masakatsu Amano)
(1bilhão,500 milhões de yens)        (Conta comum)
(Vencimento: 28-3-1974)                   ↑
[No..3920627]                      dos fiéis
(Juros: 51milhões, 352mil, 387 yens)
Conta encerrada em 23/7/1975​


«conta aberta em 23/7/1975»                  «conta aberta em 23/7/1975 (c/c B)»​
(SHGH)                                                                       (SHGH)
(Mieko Takahashi)                                    [Mieko Takahashi] ←― dos fiéis
[conta No.960054]                                 [conta No.968218]    ←― da c/c A
[1bilhão,601milhões,352 mil,387 yens]    [25milhões,334mil, 630 yens]

←――depósitos em 29/8/75, 13/10/75―――┘


«conta encerrada em 17/10/75»
                        ↓
[depósito na mesma data]
[Sekai Mahikari Bunmei Kyôdan]
[Kôko Okada]
[Poupança]
[1bilhão,801milhões,352mil, 381yens]
[No.3920627]
|←― da c/c A
|←― idem

24/2/77 (decisão do Tribunal Distrital)

   «10/3/77»
[2bilhões,483milhões,500 mil yens]
[Juros: 52milhões,257 mil, 078 yens]
[conta encerrada em 10/3/77]

| ←depósito
|――――――――――――――┐ «transferido da c/c B em 10/3/77»
| | (2 milhões, 296 mil, 023yens)
                   ↓                  ↓                      
         «depósito em 10/3/77»                «conta aberta em 10/3/77»
 (SMBK)                                                       (SHGH)
 (Kôko Okada)                                            (Mieko Takahashi)
[Poupança No.920―668]                          (conta No.960-088)
  (100 milhões de yens)        (conta No.960-054)

 

fatos criminosos (2)
transferência de dinheiro da c/c A para Kiyoharu Tomomori
1/3/77      50.000.000 yens
10/3/77 30.000.000  yens
17/3/77 70.000.000  yens

 


 

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