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Usurpação de cargo

Quando o assessor Michihiro Takai dirigiu-se ao cartório Omori para registrar o nome de Sekiguchi como diretor representante da entidade surpreendeu-se ao encontrar um registro prévio em nome de Kôko Okada e o fato foi imediatamente relatado ao Sekiguchi, que convocou uma reunião para o esclarecimento do fato. Uma gravação em fita feita durante a reunião, ocorrida em 25 de julho de 1974, registrou a declaração do diretor sênior Tomomori afirmando não haver dúvidas de que Sekiguchi era o Oshienushi Segundo.

Contudo, a partir da cerimônia mensal da sede, celebrada em 1º de setembro de 1974, Keiju (Kôko, Keishu) Okada passou a afirmar, com veemência, que ela era a Segunda Oshienushi.  Assim, os diretores seniores realizaram uma reunião, onde prepararam um documento «solicitando a reconfirmação do fato de que o Reverendo Sekiguchi era o Oshienushi Segundo, assim como a integração do Oshienushi Segundo e Keiju Okada». Tendo como portadores os diretores Marui, Iwanaga e Uo, o documento foi levado à residência de Keiju Okada em Atami Motomitamaza, onde foi simplesmente rejeitado. Além do mais, os assessores diretos de Keiju Okada lhes comunicaram que o Omitama entregue a ela pelo Oshienushi Primeiro era verdadeiramente o Omitama de Oshienushi Segundo e os diretores tiveram que se retirar.

Em 7 de setembro de 1974  uma comunicação escrita em nome da "Diretora Representante e Keiju Oshienushi (Kôko Okada)" foi distribuída aos chefes do Dojo em todo o país, deixando claro que a as comunicações feitas em nome de Oshienushi Sekiguchi, a partir daquele momento, nada tinham a ver com a entidade. Se até então o problema "Oshienushi Segundo" vinha sendo discutido apenas entre um número restrito de membros de ambos os lados, esta comunicação tornou impossível manter as negociações em sigilo.

Apesar do desejo manifesto de Kôtama Okada, e de ter sido anunciado que " Sekiguchi era o Oshienushi Segundo" antes de falecer, durante a cerimônia fúnebre do dia 13 de junho de 1974, diante de mais de 10.000 kumitê e convidados de honra, Keiju Okada passou a agir contraditoriamente, afirmando ser a Oshienushi Segundo, sob o pretexto de que havia ocorrido um equívoco de interpretação.


Como Keiju Okada continuaria a ocupar legalmente a posição de Oshienushi Segundo enquanto o "registro de diretor representante" não fosse anulado, Sekiguchi protocolou,  junto ao Tribunal Distrital de Tóquio, em 18 setembro de 1974, uma  liminar para a preservação do cargo de diretor representante e suspensão do exercício do mesmo cargo pela Keiju Okada.

O Tribunal Distrital de Tóquio convocou ambas as partes para ouvir as respectivas versões. Sekiguchi relatou o que havia ocorrido, sendo rebatido pela outra parte (Keiju), que não só alegou a falsidade das afirmações de Sekiguchi como também o acusou da tentativa de tomar a entidade através de um «golpe de estado».

 

Diante de argumentações diametralmente opostas e não vendo viabilidade de resolução através da inquirição e coleta de depoimentos, o Tribunal Distrital de Tóquio determinou o estabelecimento de uma ação.

 
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