top of page

Uma explicação espiritual

Segundo as minhas pesquisas, durante o período Showa (1926 a 1988) do Japão, o mundo espiritual das entidades religiosas possuía certo poder, favorecendo no mundo físico o florescimento das chamadas seitas emergentes, como a Messiânica e a Mahikari, cada qual com uma proposta.

 

Essa fase pode ter sido a da preparação ou seleção do ser humano, como se fosse um vestibular, para este período que estamos vivendo hoje, denominado apropriadamente de Fim dos Tempos, por Gautama Buda. 

Como dizem alguns estudiosos, durante esta etapa deverá ocorrer uma reestruturação em todos os níveis, com a gradual extinção do mundo espiritual, permanecendo apenas os mundos divino e físico, já que os homens, como filhos de Deus, terão alcançado a emancipação, sendo capazes de edificar o paraíso terrestre.

 

 

As seitas emergentes, portanto, possuíam o papel de orientar os filhos de Deus no processo de emancipação, entretanto, caso tenham se desviado deste próposito, criando dependências em práticas perniciosas de trocas de carma ou toxina espiritual e, principalmente, fazendo-os voltar para uma entidade(divindade) externa, impedindo-os de manifestar a própria natureza divina (Deus interno ou imanente) estarão fadadas a desaparecer, como uma consequência natural  do programa divino.

 

Se assim é, pode ser que as seitas possuissem um prazo de validade ou de atuação, o suficiente para darem cumprimento à missão de emancipação dos filhos de Deus e que, uma vez vencido, encerrariam as suas atividades, como o próprio prof. Tomita (hoje aposentado) afirmou, no meu seminário superior, dizendo que no futuro não seriam mais necessários nem a entidade nem o Omitama.

 

Como vemos, pode ser que Yoshikazu Okada e mesmo alguns dirigentes superiores tivessem conhecimento dessa espécie de «plano divino», mas, por alguma razão, passaram uma mensagem diferente, fazendo com que a entidade se tornasse mais uma seita sem prazo de funcionamento e com finalidade lucrativa, uma vez que os seus dirigentes não estão interessados ou não conseguem emancipar espiritualmente os seus membros, que necessitam permanecer nela, pagando a devida mensalidade.

 

Seguindo esse raciocínio, as pessoas de intuição mais desenvolvida ou perspicazes, após um certo tempo de treinamento nas seitas, atingiriam um nível de compreensão espiritual(kakusei) tal que os levariam a perceber os erros cometidos nelas e tratariam de se afastar, a fim de não atrasar o próprio processo de emancipação espiritual.

 

 

 

Quando isto não ocorre com os kumitê, não é tanto pela incompetência dos orientadores, mas pelo próprio comodismo, busca de conforto e, por que não dizer, conveniência de transferir a responsabilidade de salvação (ou divinização) à entidade e ao Deus externo ou transcendental, sem fazer nenhum esforço próprio.

 

 

 

Ora, se até os escravos afrodescendentes, trazidos pelos colonizadores ao Brasil, tiveram a coragem e a capacidade de criar quilombos como um ideal de autonomia, é, no mínimo, demonstração de falta de brio não batalhar pela própria emancipação espiritual, na minha opinião.

 

 

 

 

 
bottom of page