

Aprendendo com a Sukyo Mahikari (SM)
Reciclagem de apetrechos sagrados
Postado por Azuki, em 29/1/14
Muitos kumitê desconhecem que o goshintai (quadro divino) é reciclado. Quando o kumitê falece ou quando não houver ninguém para cuidar do goshintai, este é devolvido para ser reciclado (transferido para outro kumitê) sob o termo «osage watashi (N do T: concessão de superior para inferior)».
Embora tenha sido «usado», o agradecimento (pagamento) pelo recebimento é do mesmo valor de um novo.
Quanto aos omitamas concedidos no seminário básico, é feita a solicitação prévia à matriz, mas quando ocorre a inscrição de última hora (ou candidato de última hora), como não haverá omitama para essa pessoa, se houver alguma criança inscrita no seminário, o omitama que era para ser entregue à essa criança será entregue à essa pessoa e a criança deverá aguardar o próximo seminário para receber o omitama, uma prática que ocorria muito durante os seminários realizados no verão.
Isto porque, as campanhas de expansão, visando o encaminhamento de 200 pessoas, eram realizadas no verão, com cota de 3 pessoas por kumitê e como todos precisavam preencher essas cotas, anotando o nome dos encaminhados em um quadro afixado na parede do dojô, muitas vezes os kumitê traziam candidatos em cima da hora.Como as crianças inscritas eram filhas de kumitê, ninguém reclamava.
Um dia, perguntei ao orientador como isso era possível de ser feito, já que o omitama era individual e ele me respondeu: «Não há problema, porque o reisen (ligação espiritual ou onda divina) só é estabelecido quando o omitama é colocado no pescoço da pessoa».
Essa justificativa me soou muito estranha, pois isso significava dizer que a ligação espiritual de cada omitama com o portador não era feita previamente, conforme aprendemos, sem falar que nesse caso nem Deus podia prever quem ou quantas pessoas iriam prestar o seminário básico, invalidando inclusive aquela história de pessoas merecedoras e não-merecedoras.
Muito conveniente tudo isso!
(Talvez isto explique o seguinte comentário do Ko Heibun, postado no blog dele:
O ex-diretor de expansão da matriz, kanbu Nakamura, disse, durante a transmissão do seminário intermediário, que à época da criação da entidade SMBK, o seminarista podia pedir «gostaria de levar um omitama para minha mãe também» e o kôshi respondia «tudo bem» e lhe entregava outro omitama).
Pensemos agora no seguinte:
Como intérprete do semário básico tive a oportunidade de presenciar incontáveis cerimônias de entrega do omitama e houve muitas ocasiões de desistência e inclusão de última hora ao seminário.
No caso de desistência do assistente do seminário, o omitama que seria entregue a ele teria que retornar ao Oshienushi, já que este é o único habilitado (por Deus SU) a estabelecer a ligação das ondas divinas com o omitama destinado à um determinado assistente do seminário, que irá se tornar kumitê. Se ele desiste, aquele omitama pessoal ou individual teria que ser devolvido à matriz do Japão ou feito o otakiage (incineração).
No caso de inclusão de última hora, significando «sem tempo para que o omitama seja preparado na matriz japonesa e trazido ao Brasil», estaria fora de cogitação.
Porém, o que acontecia na prática:
Os omitama rejeitados não eram retornados ao Oshienushi nem feito otakiage, sendo, muito provavelmente, reciclados, ou seja, entregues a outros assistentes de seminários básicos, que se tornassem kumitê.
O que faz supor que o mesmo procedimento seja adotado em relação aos omitama devolvidos em «bom estado», principalmente nas sedes da Mahikari fora do Japão, uma vez que a tarefa de trazer os omitama de lá demanda tempo e dinheiro. Por sinal que esta suspeita foi lançada por um ex-kumitê japonês, que diz ter aberto o omitama e não ter encontrado nenhuma papeleta dentro dele.
Isto explica porque são admitidas as inclusões de última hora, no caso de não haver filhos de kumitê entre os assistentes (conforme o depoimento acima da ex-kumitê japonesa), pois basta ao responsável do local avisar ao orientador para que este traga um ou mais omitama adicionais, três dias antes do seminário.
Agora vamos supor que,conforme o orientador disse à ex-kumitê, o Oshieunshi apenas faz a ligação das ondas divinas com os omitama, sem identificá-los, isto é, prepare, todos os meses, um certo número de omitama, com base nos pedidos que chegam das sedes ou dojo.
Neste caso, mesmo que aconteçam rejeições de recebimento ou inclusões de última hora não haveria problema, já que os omitama não são pessoais (eles são «ativados» apenas quando colocados no pescoço do kumitê), podendo ser entregues para quaisquer outros assistentes de seminário, que se tornarem kumitê.
Entretanto,se todos os omitama são iguais, sem identificação, qual o motivo de os mesmos estarem numerados e enfileirados na pasta trazida pelo kôshi (orientador que transmite o seminário), que ao colocá-los no pescoço do assistente do seminário faz a anotação na mesma lista numerada,como se o omitama de nº 1 devesse ir ao seminarista nº 1?
Acima de tudo, se o Oshienushi faz apenas a ligação das ondas divinas, sem fazer a identificação dos omitama porque desconhece quem os receberia, onde fica a sua capacidade como representante de Deus na terra, que deveria saber, de antemão, quem são os «levitas» e os candidatos a tanebito?
Se ele não é capaz de identificar quem seriam os candidatos a tanebito, por que razão nos era dito que a Oshienushi II (Kôko) era dotada de superpoder, capaz de ver e saber o que um discípulo (orientador) estava fazendo na sede do exterior?
A resposta para esse circo é que desde o início, ou seja, desde a criação da Sûkyô Mahikari Bunmei Kyôdan até a Sûkyô Mahikari, sua imitação, nunca houve nenhuma vontade divina envolvida, nenhuma «revelação» ou «plano divino», que foram simplesmente inventados por esse megalomaníaco chamado Yoshikazu Okada, cujo sonho era criar um império, onde pudesse ser idolatrado como um deus.