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Outros casos

Amor ao próximo ou conveniência própria?

 

Certo dia da cerimônia mensal fui pêgo de surpresa pela minha sewagakari (encarregada dos kumitê da área) K.

 

«Deixe-me aplicar-lhe o okiyome» (eu já não aplicava nem recebia okiyome há 1 ano).

 

Recusei polidamente, mas ela me pressionou histericamente, dizendo «Por quê?!», «Faz tanto tempo!», «Vamos, você não tem o que fazer!!». Como ela mora perto da minha casa pensei que não seria de boa política irritar a vizinha e decidí aceitar.

 

Tanto o marido dela quanto os filhos são kumitê, mas não os vejo há 20 anos no dojô, embora ela continue a pagar o Reisen Hodji, o custo pela manutenção do dojô e o Otamagushi, por ocasião das cerimônias.

 

No caso da família dela, que parece ser abastada, talvez não seja problema, mas existem famílias menos favorecidas que fazem a mesma coisa, tudo para não faltar com Deus e Oshienushi!Olhei em torno enquanto recebia o okiyome e ví a vice-kaityô S do Ossuewanim, de nível superior, sentada na cadeira ao lado.

 

Os kumitê mais ativos, com cargo, enquadram-se todos na mesma categoria.

 

Mesmo que os familiares (marido e filhos) não dêem a mínima, essas kumitê vivem assediando os outros, oferecendo okiyome em nome do «amor ao próximo».

 

Então cheguei à conclusão de que esse conceito pregado na entidade, na verdade significa impingir aos outros o próprio GA (ego) e é a raiz do problema.

 

O sistema adotado na entidade, que imita o sistema conhecido como *gonin gumi (五 人 組み) , mantem as donas-de-casa de um determinado bairro agrupadas ou «amarradas», dificultando a saída de alguém.

 

Se uma dona-de-casa resolve deixar a entidade, poderá ser alvo de comentários, que é o que as «tias» mais temem.

 

* Grupos de cinco famílias consideradas coletivamente responsáveis​​, durante o período Tokugawa da história japonesa. Todos os domicílios da época eram membros de um grupo dessa natureza, com todos os membros do grupo sendo responsáveis pela boa conduta dos demais membros e de seus dependentes.

 

 

Quando o rosto escurece ao receber o okiyome em demasia

 

As kumitê HT, K, NR e T, das quais já falei, devem ter recebido mais de 10 mil okiyome no período de 30 a 40 anos e a característica em comum é que todas as quatro têm a pele do rosto escurecida.

 

Quando sentimos aquecimento no local do recebimento de okiyome é devido ao efeito do raio infravermelho e na aplicação do ponto 8 a umidade da superfície do rosto é ativada, elevando a temperatura.

 

Repetindo-se este procedimento por muitos anos a pele do rosto vai escurecendo, ficando com uma aparência diferente.

 

As quatro mulheres podem até pensar que são seguidoras devotas e líderes, mas aos olhos dos homens todas elas têm uma aparência esquisita.

 

Esta teoria pode até ser bizarra, mas é a realidade. Apesar de sentir muito por elas, tenho de citá-las como exemplo negativo, como modelos de infelicidade e burrice.

 

Além de terem o rosto escurecido, acabaram não tendo para onde ir fora do dojô da Mahikari.

 

E quem as fez assim, um verdadeiro zumbi? Um senhor chamado Kôtama!

 

 

O senhor alcoólatra


O senhor A era meu colega de trabalho e estava convalescendo de alguma doença que eu não sabia o que era, mas gostava de conversar comigo e de receber o Okiyome.

 

Era uma época em que eu era seguidor fervoroso e convidava-o frequentemente a visitar o dojô, até que após o sexto okiyome percebí que o seu olhar havia mudado.

 

Alguns dias mais tarde ele parecia outra pessoa, revelando ser um alcoólatra. Penso que o okiyome fez o vício dele retornar. Pouco depois ele se demitiu do trabalho, onde havia retornado convalescente do alcoolismo.

 

O okiyome da SM não consegue curar doenças, mas nesses momentos parece produzir um efeito espiritual como um vampiro que suga o sangue das vitimas, pois os seguidores mais devotados vão se tornando muito estranhos.

 

Já ouví dizer que o okiyome  aplicado na fronte e a manifestação espiritual são especialmente perigosos.

 

O efeito do okiyome no reumatismo

 

Antigamente se dizia  que as pessoas que sofrem de reumatismo não devem receber okiyome, mas a YMK, que era irmã da YMS, uma kumitê veterana, sofria de reumatismo nas pernas e pude ver que quando recebia o okiyome o seu rosto se contraia de dor, até que deixou de vir ao dojô.

 

A irmã YMS continua como uma seguidora devota e com cargo, mas ela deveria se lembrar do ensinamento que diz [o que se materializou não pode retornar à forma anterior] e se aperceber!

 

A minha mãe está em tratamento de reumatismo e segundo o médico é uma doença incurável.

 

Quando eu era seguidor fervoroso costumava aplicar o okiyome na minha mãe, mas alguns anos atrás a sua mão direita começou a vergar para fora, deformando-se, de modo que foi se consultar com um especialista apresentado pelo médico particular e o resultado foi  que a doença havia avançado bastante.

 

Parei de aplicar o okiyome nela e acho que foi nessa época também que ela começou a apresentar um quadro de senilidade.

 

O perigo da terapia amadorística está aí, pois dependendo do sintoma, pode ser muito tarde. Penso que no caso do reumatismo o efeito infravermelho do okiyome agrava a doença.

 

 

 

 

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