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Este relato foi enviado para esta HP este mês (junho de 2014) e posto-o com a esperança de que outros kumitê ou ex-kumitê sintam-se encorajados a seguir este exemplo.

 

 

Durante a minha longa dedicação à seita testemunhei e ouví casos inacreditáveis como este, porém o mais inacreditável é a existência de kumitê de longa data, desinformados ou iludidos, talvez até por conveniência própria, que não têm pejo em afirmar que os kanbu da Sukyo Mahikari «dão a vida» pelos kumitê e pela seita.

 

 

Será que o kanbu deste relato deu a vida pelos kumitê e pela seita? Vocês decidem.

 

 

O trágico fim de um kanbu

 

 

 

 

Por   MC

 

 

Sou kumitê de Campo Grande que tem lido o seu blog [Aprendendo com a Sukyo Mahikari], principalmente a página dos depoimentos de ex-kumitês.

 

Pensei muito antes de escrever para você, com medo de ser identificada e sofrer perseguições, como sei que alguns conhecidos meus vêm sofrendo, desde que deixaram a entidade.

 

Mas ao ler sobre o caso das jovens mahikari-tai japonesas e kanbus que abusam de suas autoridades, achei por bem escrever, contando algumas coisas que venho presenciando na nossa região e que acabou em um acidente terrível, com morte do kanbu responsável.

 

Primeiro de um kumitê, mahikari-tai, de uma família de Sidrolândia, com irmã responsável de Campinas (SP) e que após perseguir e maltratar a responsável de um okiyome-kai, que ela havia criado, acabou tomando o seu lugar. Todos sabiam da sua má-reputação, de ir às festas para bater nas pessoas e arranjar encrenca, sem falar no modo como maltratava a esposa e sua ex-funcionária que tentou varias vezes remoção para não ter que passar por mais humilhações.

 

Apesar de acharmos que isso estava errado ninguém fazia nada porque além de ser de uma família influente, ele encaminhava muitas pessoas, que, no entanto acabaram saindo ou se afastando devido terem se decepcionado com as mentiras que ele havia contado.

 

Quando a situação se tornou insuportável e chegou aos ouvidos do dojotyo, o kanbu responsável pelo okiyome-kai, ele resolveu abafar tudo porque, apesar das ocorrências, o local estava crescendo e isto era tudo que a sede queria.

 

A fama da família desse kanbu também não era muito boa. A filha mais velha havia abandonado o noivo, mahikari-tai de SP, para fugir e casar com outro de Campo Grande, que, usando o nome do sogro, praticou um desfalque de quase 1 milhão de reais na cidade, sem falar nos vários kumitê do dojo, que sofreram prejuízo por causa dele.

 

Este rapaz é hoje  procurado pela INTERPOL, porque o marido da filha mais nova do kanbu( mahikari-tai criada dentro da entidade), agente da polícia federal, ajudou-o a fugir do país! 

 

Tudo isso era algo difícil de aceitar, ainda mais de um kanbu dedicado, que estava todos os dias no dojo, mas acabamos descobrindo outras barbaridades sobre o seu passado, logo após um terrível acidente, onde ele morreu, com a cabeça decepada, conforme poderá ver por este link:

 

http://www.perfilnews.com.br/bolsao/homem-tem-cabeca-decepada-em-acidente-na-br-262

 

A reportagem não conseguiu identificar as vítimas, mas o morto foi o kanbu de nome Katsumi Tomioka , responsável pela nossa região e o veículo havia sido comprado de uma kumitê.

 

Este trágico acidente naturalmente nos pegou de surpresa e me fez refletir sobre outras ocorrências com dirigentes e kumitês com cargo, como um kanbu que encaminhou toda a família e parentes, totalizando cerca de 30 pessoas.

 

Apesar de super dedicado, ao ponto de ir todos os anos para partcipar do evento no SUZA, surpreendeu a esposa e o encanador na cama do casal e o irmão, um kumitê exemplar, acabou se separando da esposa. 

 

Um membro do departamento financeiro, que era casado, traiu a esposa tendo caso com uma kumitê. O sobrinho deste kanbu, também kumitê, enganou a sua namorada durante 3 anos com um amante, embora a família não saiba que ele é homossexual.

 

Quando vejo todas estas pessoas que são kumitê devotos, que tiveram e criaram os filhos dentro da entidade, fico me perguntando se a Sukyo Mahikari é realmente supra-religião, com poder divino, pois como se explica que essas pessoas, que receberam o okiyome desde que estavam na barriga da mãe, puderam agir como pessoas de pior caráter, iguais às do mundo cá fora?

 

Vários mahikari-tai se afastaram quando perceberam o tratamento diferenciado dado a certos membros. Todos sabem que o mahikari-tai que namorar antes dos 18 anos precisa deixar o grupo, mas o filho do dojo-tyo não precisou seguir esta regra.

 

Um membro foi impedido de participar do gohôshi de preparativo para a cerimônia mensal, porque havia cortado o seu cabelo no estilo moicano, embora o filho do dojo-tyo, ostentando o mesmo corte, pôde participar.

 

Diante de tanta discriminação o irmão do jovem impedido do gohôshi foi questionar a taityô, bem em frente à sala do dojo-tyô e, como resultado, o seu filho apareceu de cabeça raspada na cerimônia, dando a impressão de que, se ninguém reclamasse, a situação iria continuar.

 

O pior é que ouço de kumitê de outros locais, incidentes semelhantes, de modo que é notório o privilégio dado às pessoas abastadas e com cargo, em uma entidade que prega a harmonia e a igualdade, sem falar na elevação espiritual.

 

Aliás isto é algo que vinha me incomodando, não só a mim como também a uma outra kumitê dedicada, que chegou a propor ações mais efetivas na sociedade e no dojo, durante a reunião de oficiais do mahikaritai, porém lhe disseram que isso não resultaria em encaminhamento direto de muitas pessoas!

 

Como se pode dizer que as ações de educação ambiental, atividades com a família e as crianças ou abrir as portas do dojo para as pessoas deficientes não serviriam para conscientizar as pessoas, atraindo mais pessoas ao dojo?

 

Fiquei sabendo, inclusive, que a filha com deficiência mental leve, de uma kumite com mais de 19 anos de dedicação, não seria permitido receber o omitama porque ela não teria condições de encaminhar pessoas devido à dificuldade da fala. 

 

Mas se o problema dessa jovem tem origem no carma, como poderia resolvê-lo sem receber e aplicar o okiyome?

 

 

Então comecei a perceber que não existe uma diretriz estabelecida para o desenvolvimento das atividades de expansão e salvação da humanidade, nem plano concreto de aprimoramento ou formação do ser humano, mas apenas 

atividades mecânicas para arrebanhar pessoas e comercializar os omitamas. 

 

Alguns anos atrás foi realizado um encontro no Dai dojo de São Paulo e que foi apresentado como "work shop". 

 

No primeiro treinamento no Kurensho, que durou duas semanas, foram exibidos vídeos que os administradores de multinacionais pagavam caro para assistirem. 

Daí a minha dúvida: por que exibir vídeos com objetivo materialista se existe um plano divino estabelecido por Deus SU, com o objetivo de edificar a civilização espiritualista?

 

Sei que muitos kumitê conscientes têm o mesmo tipo de dúvida, mas não ousam questionar temendo ser taxados de não serem Sunao, de serem manipulados por espíritos perturbadores, mas então por quê ocorrem essas coisas absurdas e incoerentes dentro de uma entidade que se diz divina?

 

Sinceramente eu estou ficando desmotivada e o que é pior, descrente de tudo.

 

 

 

 

 

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