

Aprendendo com a Sukyo Mahikari (SM)
Mensagem de fevereiro de 2016
Muitos kumitê citam o benefício do okiyome ( imposição de mão) e os ensinamentos «maravilhosos» da seita Mahikari, como motivos para permanecerem nela, por isso venho desmontando este mito ou equívoco através de pesquisa e exposição de fatos em diversas categorias e páginas desta homepage, principalmente na categoria Referências, onde forneço todos os dados para se entender esta prática milenar, que é a imposição de mão.
O ex-kumitê japonês Ko Heibun, por outro lado, vem mostrando a «fonte» dos ensinamentos da seita, que Yoshikazu Okada (fundador da Sekai Mahikari Bunmei Kyôdan, plagiada pela Sukyo Mahikari) foi buscar nas seitas pré-existentes no Japão, principalmente da Sekai Kyusei Kyô (Messiânica) onde serviu como dirigente, bem como nos documentos antigos, como o Takenouchi Bunken e nas religiões e filosofias conhecidas, como o Cristianismo e o Budismo, elaborando uma verdadeira colcha de retalhos ou Frankensinamento, que chamou de Shinri Seihô ou Ensinamento Correto e Verdadeiro.
Tivesse ele, Yoshikazu Okada, recebido realmente uma revelação de Deus ou fosse, no mínimo, um pensador, um humanista, talvez tivesse sido capaz de elaborar ensinamentos «maravilhosos» inéditos, porém sendo um ex-homem de negócios ambicioso, apenas teve a idéia de copiar o que já existia e que havia aprendido, para montar um negócio lucrativo que, de quebra, satisfizesse o seu ego, sendo idolatrado como um Deus.
Por esta razão, como podem constatar por si mesmos ou nesta homepage, encontramos tantas contradições e falhas na doutrina mahikariana, porque o que é copiado ou montado não consegue resistir à passagem do tempo e à uma análise mais acurada.
Apenas para citar um exemplo, na Mahikari é ensinado que o ritual de Mamemaki (lançamento de soja torrada) na época do Setsubun (final de inverno), realizado em todos os lares japoneses, é um ritual de maldição, onde os deuses da justiça ou deuses do fogo foram banidos, jogando-se neles soja torrada (que jamais brotariam) , para nunca mais retornarem, proibindo-se os kumitê japoneses de seguirem essa tradição milenar do país.
Por extensão, proibe-se também de chamar um prato tradicional, servido no primeiro dia do ano, pela sua denominação original, Zôni (cozido de bolinho de arroz glutinoso com outros ingredientes, no caldo de shôyu), obrigando-se os kumitê a chamá-lo de Motini (cozido de moti (bolinho de arroz glutinoso)).
Para tanto, a explicação dada é que Zôni significaria, na verdade, cozido de órgãos internos (zô) dos deuses do fogo, banidos, mortos e fatiados, de modo que saborear o cozido, chamando-o de Zôni, seria como repetir a maldição.
Entretanto, conforme poderão ver aqui, o ritual tradicional de Mamemaki, enraizado na cultura japonesa, possui, na verdade, um significado contrário ao pregado na Mahikari, o mesmo acontecendo com o consumo de Zôni.
Ou seja, quando se pensa que o grande objetivo da Mahikari é, não só a purificação, como também o reconhecimento do Japão como a Terra da origem do espírito, adotando-se as suas tradições e costumes, como a cultuação aos espiritos dos falecidos, remoção do calçado antes de adentrar no recinto sagrado, sentar-se de seiza (joelhos dobrados), etc. por terem profundo significado espiritual, vem-se a contradição de novo, como nos casos acima, literalmente destruindo a cultura e a tradição do Japão.
Diz-se que somente o conhecimento liberta, mas isto está sendo comprovado mais uma vez, quando tantos kumitê insistem em permanecer nesta seita enganosa por pura ignorância. Nos dois sentidos.
Sobre o ritual de Mamemaki
Dentro do palácio imperial do período Heian, os Onmyoji (espécie de profetas reais) executavem o ritual de " Tsuina" na véspera do ano novo, a fim de exorcizar o mal e as calamidades do ano que estava passando.
A partir da era Muromachi, este costume evoluiu para o ritual de expulsar os demônios lançando-lhes soja torrada, sendo adotado também pelo povo. Assim, no setsubun (final de inverno) lançamos soja torrada, mas é um costume que veio da China.
O feijão (mame em japonês) relaciona-se com o "Mame (eliminação do mal)", tendo o significado de orar pela boa saúde, sendo o ritual de lançar feijão torrado, um evento anual dos templos shintoístas.
"Fora o demônio! Para dentro a prosperidade!" (entoação enquanto se lança o feijão).
O demônios e a soja correspondem ao metal (ou ouro) da teoria yin e yang dos 5 elementos ("madeira", "fogo", "terra", "metal", "água") .
O fato de torrar o feijão com o elemento fogo, considerado como o elemento que derrota (derrete) o metal , tem o significado de imobilizar (ou encarcerar) o demônio.
Ao final, quando o ser humano ingere este feijão torrado é como se tivesse vencido o demônio.
Como vemos, neste ritual de combate à entidade maligna e lançamento do feijão, está inserida a teoria dos 5 elementos.
(extraído do site do expert em numerologia, astrologia e Feng-Shui, Ryuho Fukagawa)
Sobre o zôni
No Japão existe a crença de que Deus chega no alvorecer do ano novo. Para recebê-lo, faz-se a oferenda de moti (bolinho de arroz glutinoso).
O motivo de fazer a oferenda de moti é que o formato redondo do moti simboliza o espelho onde habitaria Deus.
Assim, ao ingerir o moti valioso, que foi oferendado a Deus, acredita-se que é possível ser agraciado com bençãos e proteções.
O significado de oferendar um moti redondo empilhado no outro é de trazer harmonia ao casal ou à família, acumulando-se os anos.
A forma de oferendar
Laranja (dai dai em japonês) no tôpo
Significa proporcionar prosperidade através de gerações (dai dai)
Gohei(enfeite de papel)
Expansão e progresso nas 4 direções. A cor vermelha funciona como proteção ao mal.
Shihô-beni(enfeite de papel com barrado vermelho)
A barra vermelha do papel onde se coloca a oferenda, no formato quadrado, tem o sentido de reverenciar as 4 direções do céu e da terra, eliminando a calamidade e trazendo prosperidade anual.
Urajiro(planta greichenella)
O crescimento de folhas novas junto à folhas antigas pressupõe prosperidade constante.
Sanpô(suporte para oferenda)
Suporte onde se faz oferenda a Deus.
(do site Nandemo-nai, Shirabemono )