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Os kumitê homens também cairão no inferno

O senhor engaiolado


Este é o caso de KH, que era ossewanin (N do T: membro da diretoria) encarregado da expansão, quando ingressei na entidade há 20 anos atrás.

 

KH era um jovem promissor, formado em Engenharia pela universidade elite da região de Kansai, 2º dan em Aikidô, intelectual e atleta, além de ser atraente. Apesar de não ter pais nem irmãos, possuía bens, era um kumitê veterano de mais de 30 anos,com nível superior e cargo de vice-kaityô (N do T: vice-presidente) do ossewanin.

 

Vinha sempre ao dojô para aplicar, receber e fazer gohôshi. Conhecia profundamente o ensinamento, sendo um kumitê modelo, além de ser absolutamente correto no relacionamento com o sexo oposto (o que, na verdade, era um grande problema).

Desde jovem, provavelmente a partir dos 25 anos, começou a apresentar sintomas de depressão, com frequentes internações em hospital e mais tarde teve problemas na próstrata, que parecia fazê-lo sofrer.
 
Durante os 20 anos de nossa convivência, os seus dias foram dedicados à ida ao dojô e ao hospital. Alguns anos atrás, cheguei a sugerir para ele [casar] ou [transar](o importante era o relacionamento sexual), mas a resposta dele era [não posso, porque isso é algo abominado por Deus].

 

Daí sugerir transar com [ profissionais do sexo] pois a  falta não deveria ser tão grave, ao que ele respondeu [Será que a falta não é tão grave?]demonstrando interesse. (para as mulheres em geral esse tipo de diálogo pode soar como um papo indecente entre dois homens, mas era muito importante e cheio de consideração).

 

Não o vejo mais há coisa de um ano. Parece que está internado, mas nem os ossewanin sabem ao certo, mesmo sendo ele o vice-kaityô. Nos é ensinado que através do misogi (purgação)tornamos a nossa vida melhor do que os não kumitê, mas é mentira.

 

Apesar de ter sido um jovem atraente quando ingressou na entidade, passados 30 anos se tornou 「o senhor engaiolado」.

 


Devotar-se a Deus, mesmo sem harmonia no lar

 

Hoje participei da cerimônia mensal e ouví o depoimento de proteção do SK, que tem comércio próximo de casa. Ele sempre me pareceu mais interessado nos negócios com outros kumitê do que em devoção, isto é, parecia ser uma pessoa comum.
 
Ele relatou no depoimento que estava para se divorciar da esposa, que não era kumitê e sempre foi contra o marido frequentar a entidade, embora se dessem bem no início.

 

O motivo do conflito era que a esposa havia manuseado o omitama de SK de modo desrespeitoso, ou seja, um motivo muito fútil.

 

Interessante como um casal que se dava bem chegou ao ponto de querer se separar por causa da SM, mas como o divórcio acarretaria muita despesa, continuou a viver sob o mesmo teto por muitos anos.

 

O pior foi a conclusão do depoimento que dizia [...após a separação pude finalmente participar livremente de todos os eventos e gohôshi da entidade! Agradeço profundamente a Deus pela proteção!]

 

Quer dizer que a servidão à entidade vale mais do que a harmonia no lar, declarando isso abertamente, na frente de todos, na cerimônia mensal da entidade!E com todos aplaudindo!

Como é temível o fanatismo!


Mesmo considerando-se a [diferença de valores]é algo terrível.
Como sou uma pessoa comum, acho que uma vida normal é bem melhor.

 

 

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