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Uma fachada chamada Yôkô Nôen

No site oficial da SM existe uma categoria referente ao método agrícola Yôkô, onde é explicado o seu objetivo, que é o de eliminar a essência venenosa do solo contaminado, restaurando-o ao estado puro e limpo da era Kamnagara (divina).

 

Diz ainda que é um método de agricultura espiritualista da nova era, com a purificação do solo através da Arte Mahikari, sem o uso de agrotóxicos (modo orgânico) , envolvendo tudo que foi concedido por Deus com sentimento de amor (luz divina, sônen de gratidão e kototama ).

 

Lendo essas linhas não pude deixar de me lembrar dos gohôshi (servidão) iniciais que tivemos de fazer, como 1ª turma de kunrensei da América Latina, no que viria a ser a fazenda Yôkô do Brasil, em Guararema, no interior de São Paulo.

 

Quando botamos, literalmente, as nossas mãos naquele pedaço de terra, tivemos que trabalhar duro, limpando e preparando o terreno para a construção de toda a infraestrutura necessária para dar início ao projeto, mas o que mais nos animava e nos dava forças para prosseguir era a imagem das hortaliças envolvidas em luz divina, sendo produzidas naquele pedaço do paraíso terrestre e distribuídas primeiro na região e posteriormente em todo o estado no futuro. Três décadas se passaram e nada disso aconteceu.

 

Naquela época, evidentemente, jamais poderia imaginar o que viria a acontecer 30 anos depois, que me levou a criar esta homepage, muito menos saber o que existia atrás de mais este projeto da seita SM, revelado parcialmente no blog do ex-kumitê japonês Kô Heibun, conforme traduzí a seguir:

 

Venda de hortaliças por correio, um meio de sonegar imposto?

 

Tenho visto o panfleto abaixo circulando nos dojô desde o mês passado, mas o que reparei é que apesar do preço anual constar como 30 mil yens (cerca de 690 reais) , que é alto, não consta o nome da empresa vendedora.

 

Parece ser um sistema comercial bem conhecido de sonegação de imposto, muito comum nas novas religiões e marketing multi-nível.

(Obviamente os kumitê sabem que são produtos vendidos pela entidade)

 

O grande objetivo da venda por correio penso que seja o de tornar os produtores agrícolas afiliados da entidade.

 

O sistema permite que o agricultor possa produzir sem preocupação, além de poder utilizar gratuitamente a mão-de-obra dos seguidores, de modo que pode-se até tolerar o preço baixo de fornecimento. Com o tempo, o agricultor deixa de ser autônomo para se afiliar à entidade Mahikari.

 

O «ennô» (apoio agrícola) é um termo cunhado pela entidade para poder convocar os kumitê nos feriados e finais de semana e fazê-los trabalhar na plantação dos agricultores. Como venho escrevendo repetidas vezes neste blog, a meta da entidade é a «cadeia de infelicidade», porque quanto mais a pessoa é infeliz, mais elevada será a sua fé.

 

A estratégia consiste em fortalecer a organização enquanto obtem lucro, porém o problema é que o autor do panfleto não é muito inteligente. Isto é apenas uma suposição, sem base em alguma informação especial, mas vejam que panfleto malfeito!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                           ( foto 1) 1 set de hortaliças     3 mil yens (cerca de 69 reais)

 

Dois tomates, ¼ de abóbora, 1 ?, 4 pimentões, 3 cebolas, 8 batatas inglesas (P), 2 bardanas, 2 pepinos, 2 berinjelas, 3 ramos de edamame(soja verde) a preço bem alto. Sem falar que é venda sob encomenda  e enviado de acordo com a conveniência do produtor, ou seja «um ótimo negócio».

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                          (foto 2) Set de hortaliças   

Objetivo de venda

 

No centro da parte inferior consta:

II ((Para transpor o grande pico do Batismo de Fogo))

① Garantia de alimento seguro
② Fortalecimento do organismo através da reforma alimentar

 

Ⅲ《E rumar para a Grande Expansão》

① Consolidação de um sistema de distribuição entre os kumitê
② Visar a restauração social direcionada para fora


Que relação tem o Batismo de Fogo ou a Grande Expansão com as hortaliças?


É que, colocando dessa maneira será possível forçar a venda pelas mãos de kanbu e vovozinhas, dizendo:
«Vamos todos comprar por causa do Oshienushi»

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                   Foto 3     Na folha para encomenda consta a forma de venda

 

Onde há a enfase no «Sem nenhuma relação com o dôjô»
Ora, se o panfleto é distribuído dentro dos dojô é lógico que há relação!
Além do mais, na parte inferior do panfleto existe até um campo para escrever o «nome do dojô a que pertence»!


Não é demais?  

 

Enquanto isso os senhores kumitê são arrebatados e sugados.

 

Em relação a este artigo do Ko Heibun, um kumitê que se diz ex-encarregado do Yôkô Nôen postou um comentário no dia 14 de outubro (2013) dizendo o seguinte:

 

«Sei de muitas coisas que rolam por trás, mas como há o perigo de me identificarem, só vou contar um pouco.Depois que a Shidax (companhia de serviços de fornecimento de alimentos e que opera a maior cadeia de lojas de karaokê no Japão)interveio, o Yôkô Nôen de Nyûkawa foi desativado, ou seja, o método de agricultura Yôkô foi transformado em meio de ganhar dinheiro.
Os que estavam lá se dedicando tiveram a opção de irem embora ou permanecerem como equipe para fazer o tekazashi (imposição de mão) no armazem.

 

O senhor Y, que chegou a chefiar uma seção relacionada à fazenda lá na matriz, acabou integrando essa equipe, o que lamentei muito.

 

Quanto ao arroz Tanebito, basta ver o panfleto para perceber que é apenas um «arroz orgânico, cultivado com pouco agrotóxico».


A diferença do arroz vendido nas lojas é que foi feito o «tekazashi no armazem».

 

O arroz é classificado como de  categoria platina, ouro, prata ou  bronze, mas sem nenhum certificado.


Baseia-se na declaração do produtor agrícola.
Se o mi-kumitê diz «cultivamos há 20 anos sem agrotóxico» entra na categoria ouro (rs)»

 

Comentários recentes:

 

 (Postado em 5/1/14 por Anônimo)

 

Ouví dizer que a entidade sofreu  uma perda de 200 bilhões de yens, ao tentar obter lucro investindo o dinheiro coletado dos kumitê e para compensar essa perda, faz a venda do arroz chamado Yôkô-mai (arroz Yôkô), que nem é orgânico, mas apenas com o tekazashi, pelo dobro do preço do mercado, assim como estipula um preço alto para o Livro de Orações, revisando-o.

 

De qualquer modo, a Arte Mahikari, que promete Saúde, Harmonia e Prosperidade, se praticada, além de não funcionar, até piora a condição física das pessoas, que a praticam com afinco.

 

Conhecí uma senhora que se esforçou, encaminhando mais de uma centena de pessoas, mas que se encontrava em pior condição de saúde entre todos os membros da família e parentes. Os parentes sempre lhe diziam que ingressariam na Mahikari se ela melhorasse, mas isso nunca aconteceu.

 

Algum tempo depois teve que se mudar para um conjunto habitacional para pessoas de baixa renda, onde o marido sofreu derrame cerebral, ou seja, mesmo seguindo a orientação da entidade, nunca alcançou a saúde, harmonia e prosperidade.

 

No Shinyu (Cura Divina) do Livro de Orações está que «além de alcançar a cura total obterá a imunidade contra as doenças para sempre». Por quê o kumitê não está assim?

Porque a Mahikari é uma seita falaciosa.

 


(Postado em 13/1/14 por Anônimo)


Pertencí à seita Mahikari durante 30 anos e já se passaram 8 anos desde que a deixei.

 

Durante a minha permanência nela nunca deixei de participar das atividades ligadas à fazenda Yôkô e sempre ouví dizer que «quando a pessoa tem um Sônen bom, a gavinha (o segmento da planta que enrola) se enrolará no seu dedo e quando não tem um Sônen bom não enrolará».

 

Entretanto, devido à uma ocorrência, sentí uma grande dúvida e após pesquisar constatei que esse ensinamento é uma grande mentira.

 

A gavinha do pepino enrola em tudo que toca nela, para se agarrar, não apenas no dedo humano, como também nos ramos de árvore e hastes metálicas, como cercas, sendo um fenômeno comum da natureza.

 

Dependendo das condições do momento, ela pode enrolar na hora,pode levar algum tempo ou até mesmo não enrolar. Talvez seja um fenômeno pouco conhecido, porém para os cultivadores de hortaliças e especialistas é algo muito comum.

(Já ví inclusive um programa da TV Educativa da NHK sobre esse fenômeno)

 

De fato, quando fazemos uma experiência, inserindo uma haste metálica próxima à gavinha de alguma hortaliça e a balançamos para que possa tocar na haste, vemos que a gavinha se enrola imediatamente nela.

 

Será que colunas e hastes metálicas têm um sônen bom? Será que eles podem receber a providência de Deus? Por favor, Mahikari, me responda!!!

 

Assim vemos que as orientações referentes à fazenda Yôkô e os ensinamentos da entidade tiram vantagem da ignorância dos kumitê, para fazer acreditar que simples fenômenos naturais e físicos são «providencias divinas», «proteções divinas» ou «milagres», infiltrando grandes mentiras nas mentes deles.

 

Este estado de coisas prevalece em toda a entidade (ensinamento, tekazashi, atividades, etc.).

Para as pessoas com maior conhecimento, tudo isso chega a ser cômico, perturbador ou enganador.

 

É por esta razão que a entidade manipula os seguidores, para que estes nunca tenham contato com informações e dados científicos, dizendo-lhes que ler publicações que não sejam da entidade ou fazer pesquisas via Internet é praticar o gyakuhô (lei contrária à divina), que os torna vulneráveis ao reishô (perturbação espiritual), pois esse tipo de procedimento faria com que a grande mentira pregada pela entidade( desde a fundação=base do ensinamento do fundador) seja facilmente desmascarada.

 

Através desse tipo de manipulação mental, feita com o «ensinamento», o kumitê acaba por não procurar tomar conhecimento das coisas, aumentando a sua dependência à entidade e até se regozijando com ela, até atingir aquela fase de perda total do bom senso como ser humano.

 

A consequência disso não se limita ao indivíduo, estendendo-se à família e resultando em colapso do relacionamento familiar, inclusive com relação aos parentes e os próximos.

 

Durante 30 anos fui testemunha involuntária de incontáveis casos de seguidores que tiveram esse triste fim e resolví escrever este, com a esperança de que alguém mais possa sair desse mundo anormal.

 

 

(Postado em 3/10/2013 por Pasley (pesudônimo))


A venda via correio de hortaliças é administrada diretamente pela fazenda Yôkô.


É um sistema que imita as já existentes como o «Radish Bôya» e o do JA Coop.

 

Neste caso (da fazenda Yokô), as hortaliças colhidas e selecionadas ao acaso são vendidas aos membros, visando apenas o lucro do vendedor, de modo que o consumidor não pode escolher.

 

No panfleto está escrito que o dojô não tem relação com a venda, mas se a fazenda Yôkô recebe apoio da Mahikari evidentemente há relação, então o significado aqui é que, como a venda é direta, o vendedor e o comprador é que devem se entender diretamente.

 

O kumitê, como sempre, será induzido a comprar, para a manutenção da fazenda e para o seu lucro.
E provavelmente será estabelecida uma meta de venda para cada dojô, que será forçado a adquirir o produto de acordo com o número de kumitê+α.

 

 

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