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O declínio da Mahikari

Postado em junho de 2013 por Ko Heibun

 

Parece que o número de participantes da cerimônia no templo mundial está diminuindo a cada ano.

 

A cerimônia de agosto, que geralmente ocupava dois dias, a partir deste ano será realizada apenas um dia. Será porque a participação das crianças foi reduzida?


Não,  eu acho que os pais é que estão começando a abrir os olhos.

 

Imagine despender as férias de verão naquele lugar. Teria que ficar «enlatado», durante dois dias, dentro do ônibus e no templo, além do que, se for uma família de 2 a 3 membros, a despesa será considerável, mesmo morando perto de Takayama.


Com o mesmo dinheiro, a família toda poderia viajar e certamente os pais gostariam de levar os filhos para algum lugar em que pudessem relaxar e usufruir da natureza.


A cerimônia de grande purificação (Ohoharai-sai) também passará a ser realizada no templo mundial. Eu participei no ano passado, mas reparei que os lugares de trás estavam vazios. Há coisa de 10 anos atrás, um tatami (esteira japonesa) era ocupado por 6 pessoas, mas hoje pode ser ocupado por 3 pessoas apenas. Mesmo assim, dificilmente fica cheio.


O aluguel de 3 dias de Port Messe de Nagoya, para a realização da cerimônia, custa mais de um milhão de yens, de modo que se os participantes forem poucos, não compensa.


A fase de decadência de uma entidade religiosa é a mais perigosa. Como se pode observar pelos exemplos do passado, inúmeros problemas costumam ocorrer na fase terminal. Na fase de expansão os gurus das seitas se mostram refinados e simpáticos, mas no momento em que começa o declínio, tudo muda.


Não sendo um negócio como outro qualquer, o fato de ter custo zero acaba se virando contra a própria organização. Se a seita coletava 100 milhões de yens em agradecimento (oblação), ela podia destinar todo esse valor somente para a administração, porém a queda da receita reflete diretamente na gestão.

 

O SUZA(templo mundial), o Hikaru Shinden, o Hikari Kinenkan(museu), o Seishônen Kaikan(centro infanto-juvenil), o Atami Motomitamaza(residência do Oshienushi), por exemplo, geram despesas de manutenção após serem construídas.


Fora o dinheiro da oblação dos kumitê, a entidade não dispõe de outra receita.

 

No caso da seita Aum Shinrikyô de Shôkô Asahara (Tizuo Matsumoto), após a derrota sofrida por todos os candidatos que apoiou na eleição para o Senado, a rota da expansão foi bloqueada, o que os forçou a recorrerem a medidas extremas como o atentado a gás sarin no metrô de Tokyo, cometendo um verdadeiro genocídio e também sequestros, que resultaram na desativação da seita, embora alguns membros ainda permaneçam agindo, mudando o nome do grupo para Alef.


O mesmo fenômeno pode ser observado nas seitas Hô no Hana de Hôgen Fukunaga (N do T: seita acusada de roubar dinheiro das donas-de-casa e condenada a pagar mais de 1 milhão de dólares em danos) ou a Igreja da Unificação.

 

A fase de decadência de uma religião é a mais perigosa.
Os jovens devem fugir o quanto antes!

 

 

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